Ele disse que namoraria comigo
10 de outubro de 2025
Agora que contei sobre um encontro ruim, deixa eu contar sobre um dos melhores que tive...
Ele já tinha me chamado desde o dia 18 de setembro. Achei ele em princípio folgado. Ele me enviava mensagens, parava de responder, e eu ficava na expectativa. Uma vez ele me chamou 00h para um encontro! Eu não fui, achei arriscado atender essa hora. Fiquei pensando o por que dele não ter me chamado antes, combinado direitinho, sabe?
Aí ele me envia uma mensagem 2h da manhã, mas eu só respondo quando acordo, dizendo que queria o encontro para hoje, no mês de outubro. Digo que sim e envio minhas informações. Ele me responde duas horas depois (já era 12h e pouca) perguntando se eu poderia encontrá-lo ANTES das 14h. Eu sempre peço pelo menos 3h de antecedência para me programar. Explico para ele que só posso a partir das 16h e depois de um tempo ele diz que consegue neste horário. Marcamos no motel Studio A, que eu nunca tinha ido, seria a primeira vez.
Já estava com as expectativas lá embaixo por conta desses contrapontos nas mensagens. Dias antes, eu tinha tido um encontro bem ruim, então não estava com a expectativa lá em cima. Pensei "será que irei encontrar mais um folgado?".
Quando eu cheguei, me surpreendi. Ele era lindo, os olhos meio esverdeados, branquinho, cabelo castanho claro. Uma gracinha. Tinha uma vibe tão boa que só de eu sentar do lado dele senti. Interrompi ele logo que começamos para dizer "gostei de você, porque você é bonito e tem uma vibe boa". Dentro de mim eu estava assim "ufa, encontrei um cara legal" e já senti que o encontro ia ser bom. Eu precisava que fosse, depois daquele desastre de atendimento que tive dias atrás.
Perguntei para ele como me conheceu, ele disse que pesquisou na Fatal Model "acompanhante peluda" e apareceu meu perfil. Ele tinha bastante fetiche em mulheres com pelos. Disse que o meu perfil tinha o interessado para além dos pelos, que ele achou outras mulheres peludas, mas não interessantes como eu. Estávamos bebendo cerveja e fumando um tabaco, quando ele diz "vem aqui" e me leva para a cama.
Ali, a gente deitou, e ele começou a cheirar meu pescoço. Um tempo depois começamos a nos beijar. Gente, aqui foi o ponto forte. Ele tinha um beijo delicioso, ficamos muuuuuuito tempo só nos beijando. Não parávamos mais. Ficamos ali, nos beijando sem parar.
Ele era gostoso de tocar e de beijar. Um cara leve, divertido, gentil. Não tinha aquela carga pesada do atendimento ruim do dia passado. Eu estava no céu. Ele tirou a minha calcinha, e eu deixei ele tocar, por fora, na minha vagina. Estava bom. Enquanto ele me beijava, ele tocava na minha vagina, e eu pegava os dedos dele apontando para onde eu tinha mais prazer. Ficamos um tempão assim. A gente realmente tinha uma química absurda. Ele começa a beijar meu corpo até chegar na minha pepeca. Começou a fazer oral em mim. Ele ficava tocando nos meus pelos enquanto me lambia. Ele realmente adorava o fato de eu ter pelos. Eu não estava chegando no meu ápice ao ponto de gozar, então ele tira a roupa e pede para fazer 69. Eu adoro essa posição e aceito. Teve uma hora que senti tanto prazer que coloquei a piroca dele inteira na minha boca. Não sou de engolir o pênis todo, mas o pênis dele inteiro eu queria em mim. E gozei na boca dele enquanto engolia todo o seu pau e agonizava de prazer. Foi delicioso.
Ele queria me penetrar, mas estava nervoso. Fomos para a banheira, ele que foi, na verdade, eu não entrei porque estava muito quente para minha pele sensível. Ficamos bebendo cerveja, fumando tabaco e conversando um pouco mais. Falei para ele que já estava dando uma hora e perguntei se ele queria renovar. Ele disse que sim, que me pagaria tudo no final. Eu sempre recebo antes, então isso me deixou um pouco nervosa. Eu estava confiando nele, ele me passava muita segurança, mas eu tenho esse nervosismo comigo. Gosto de ver o dinheiro primeiro para depois fazer o ato. Sei que nesse meio temos que nos proteger nesse sentido, então eu priorizo receber primeiro. Mas quis deixar para receber depois, por mais que meu corpo acendeu um alerta dizendo que aquilo era errado. Fomos para a cama novamente e ele faz uma massagem em mim dizendo que tem esse dom, pois já fez um curso disso. Ele percebe que eu estou tensa, e eu digo "é que eu sou assim mesmo, tenho bastante ansiedade por já ter vivido muito na sobrevivência". Era o meu corpo dizendo "você não pode confiar nele". Infelizmente tenho uma história de dor no meu passado e já fui muito enganada. É difícil para mim confiar, por mais que eu veja que eu posso, meu corpo acende um alerta e diz que é errado. É algo que tenho trabalhado em mim, mas nem sempre é fácil. Tentei relaxar e mostrar para mim mesma que eu podia confiar naquele homem que tinha acabado de conhecer. Ele me diz que "dá azar" dar calote nos outros e acho aquilo bonitinho. Ele confia em energia, igual eu. Acredito que existe um Deus ou uma Deusa que rege tudo e olha todos. Se fizermos alguma maldade agora, vamos pagar depois, mesmo que demore um pouco. Essa é a lei da vida e é o que acredito.
Pode relaxar, Sol, ele é um homem bom - eu repetia para mim, enquanto ele não tinha nenhuma noção disso. Ele pede para eu o chupar, para que ele fique animadinho para conseguir transar. Eu chupo, e ele fica todo excitado. Já tinha passado duas horas e o tempo estava voando. A moça da recepção liga para avisar que o nosso tempo está acabando, e ele diz para mim "pode falar para ela que a gente vai ficar mais uma hora". Eu dou um sorriso de canto. Também estava adorando estar com ele e queria ficar mais tempo também. Depois de chupar, ele ficou bastante duro e pediu para que eu fosse por cima. Ele estava gostando bastante e disse que logo trocaria de posição e viria por cima, porque eu já havia dito antes que preferia quando o cara fosse por cima. Ah, ele suava e gemia de prazer! Meus cabelos se misturavam com o suor dele enquanto ele metia na minha buceta. Trocamos de posição e ele veio por cima. Ele sempre perguntava para mim se eu estava gostando, e eu achava isso fofo. Eu estava gostando, estava sendo muito bom estar com ele.
Em um dado momento, a gente para e vai ao banheiro. Ele está um pouco nervoso e ainda não consegue gozar. Então a gente fica abraçado na cama conversando. Ele era um artista como eu, era um cara otimista e inteligente. A gente conversava sobre machismo e sociedade, e em algum momento ele diz que namoria comigo, mesmo eu sendo garota de programa. Ele não falou isso só uma vez, mas algumas vezes no encontro. Eu desdenho.
- Até parece que você namoraria.
- Eu namoraria, sim. Se a gente se conhecesse mais e eu gostasse de verdade de você, eu namoraria.
- Até parece.
Ah, muitos homens não conseguem bancar o que é namorar com um acompanhante. Quando dividimos a nossa rotina e a nossa atenção com outros homens, as coisas ficam diferentes. Existe também a pressão social e muitos homens se sentem ofendidos por namorar uma mulher que transa com outros. Eu expliquei para ele que é muito difícil um homem aceitar isso, mas se um homem aceitasse, era porque ele enxergaria a mulher por trás da profissão. O ser humano de fato. A beleza que é conviver com essa mulher e que muitos homens não podem ter. Os homens me têm por algumas horas, nada mais do que isso. Agora um namorado, vai ter uma parte de mim e na minha vida que esses homens nunca terão. A Sol Rara é uma coisa, mas a ***** (meu nome verdadeiro), é outra. Essa parte ninguém tem acesso. Sou uma pessoa de poucas amizades e sou muito seletiva. Nunca consegui me entregar totalmente para alguém. Expliquei para ele que acredito que existem coisas muito mais íntimas do que sexo, mas muitos não estão preparados para essa conversa. E que é fácil para mim fazer sexo com tantos, o difícil é entrar na minha vida e ficar.
Confesso que aquela conversa mexeu comigo. Aquele homem estava me enxergando como a pessoa que eu era. Curioso que saí com um cara dias antes que tinha dito que nunca iria conseguir namorar uma acompanhante, que para ele seria muito difícil imaginar a esposa dele com outros. E eu defendi dizendo que existem alguns homens que lidam bem com isso. Eu conheço uma acompanhante que é casada e o marido ajuda ela no marketing (vocês acreditam nisso!?). Sim, existem homens que conseguem lidar com isso, mas é bem raro. A maioria não consegue. Infelizmente estamos inseridos em uma cultura machista que culpabiliza a mulher que transa com vários. Nossa profissão de acompanhante é vista como uma aberração. Não somos aceitas muitas vezes nem pela nossa família. A minha, por exemplo, não sabe que eu trabalho com isso. Sei que vai ser um choque para eles, ainda mais por eu ser formada na USP. Sei que muitos não entenderão o meu caminho e dirão "mas ela é tão inteligente" ou "se formou na USP para nada". Já ouvi de uma "amiga" isso, que anulei meus estudos por agora ser GP. E na verdade tudo que eu estudei está comigo em todos os momentos. Eu sou o que eu sou porque vivi tudo o que vivi. Minha inteligência me acompanha nos encontros. E é com a minha inteligência que escolho fazer um trabalho que faz sentido para mim. Mas sei que muitas pessoas me criticarão, não vão entender os meus motivos. Um homem para estar ao lado de uma mulher dessas precisa ser muito seguro emocionalmente. Porque ele também vai passar por julgamentos.
Teve uma hora que ele disse: "se eu namorasse contigo, eu ia te comer todo dia...", aquilo me deixou molhada.
Será que ele estava surpreendido com a minha coragem e liberdade e isso despertava um desejo nele? Será que ele admirava isso em mim? O fato era que ele me olhava, de verdade, e isso era bonito. As horas iam passando e a recepcionista novamente ligava no quarto. "Faltam quinze minutos para encerrar" e aviso ele. Ele diz espera aí e mexe no celular. Me faz o pagamento das três horas. Entendo, então, que ele vai querer encerrar ali.
- Então você não vai querer ficar mais uma hora, né?
- Eu vou.
E ele me faz o pagamento restante. E diz "estou querendo transar de novo, me chupa?" e a gente repete tudo que fez. Até que ele goza enquanto eu estou por cima. Ah, eu estava adorando aquele homem, para mim não foi esforço algum ficar quatro horas do seu lado.
Tem uma hora que eu digo para ele o quanto é caro ser acompanhante e por isso cobramos caro também. E ele me diz "e vale cada centavo..." e isso me deixa excitada, por mais que já tínhamos parado de transar rs. Aquele homem sabia como mexer comigo.
Ele me convida para ir ao cinema em algum dia, e eu digo "mas eu cobro, tá?". E depois me convida para ir para a Santa Cecília encontrar um amigo dele. Eu estava morredo de fome! Pensei dentro de mim que era melhor ir para casa e comer no meu cantinho. Já estava sendo muito intenso, imagina se eu tivesse o acompanhado? Também não quero confundir nada. Não quero me relacionar com ninguém tão cedo, quero que a Sol Rara exista só no ambiente de trabalho. Preciso desses limites.
Antes de irmos embora, eu digo para ele:
- Mas você namoraria comigo mesmo eu sendo garota?
- Se é isso que te faz feliz e você está bem com isso, sim.
Bom, acho que no dia a dia a realidade é diferente. Como vocês já devem ter percebido aqui, sempre encontro homens que dizem que têm medo de se apaixonarem por mim (talvez o medo deles cruza diretamente com o fato de eu ser acompanhante). Eles estão empolgados no quarto. Com aquela intensidade do encontro, sabem? Mas depois que a realidade entra pela porta, tudo muda. Pode ser que ele namoraria, sim, comigo? Pode ser. Mas prefiro acreditar que não. Prefiro acreditar que o amor, por enquanto, é algo que não irei experimentar. Eu fiz uma escolha, que não é fácil. Eu decidi publicamente ser acompanhante e eu sei bancar isso. Quero ser independente financeiramente sem um homem me enchendo o saco. Gosto de ter homens assim, por algumas horas, vivendo momentos de prazer e aproveitando a melhor parte deles. A convivência corrói.
Pode ser que um homem esteja pronto para namorar comigo? Pode. Mas eu não estou pronta para dividir minha vida louca com um homem.
Mas seria mentira se eu não dissesse que esse encontro não mexeu comigo. Porque, meus amores, mexeu, sim










