No motel da aventura
14 de setembro de 2025
Nós já tínhamos nos falado em abril. Ele me conheceu no Instagram através de um comentário que fiz em um post que provavelmente criticava o meu trabalho. Quase nunca perco tempo escrevendo algo nos comentários da vida na internet, mas nesse dia eu estava mais raivosa do que o habitual e queria colocar minha opinião no mundo. Isso me trouxe alguns seguidores que concordaram comigo e me trouxe ele, que cinco meses depois sairia comigo.
Quando ele me contatou, achei que já sairia naquela semana, mas ele não era da capital de São Paulo, então tinha que se programar. E lembro que disse “você será meu presente de aniversário”, que seria em junho. Mas nada. Só em setembro.
Em setembro ele me manda uma mensagem perguntando a minha disponibilidade para aquele mesmo dia, e eu me surpreendo. Falei da minha disponibilidade e confirmamos no Motel Adventure. Sempre quis ir nesse motel, desde criança. Tá, eu sei que uma criança não pode frequentar um motel e eu já sabia disso quando era criança. Aliás, já sabia o que era motel. Mas, eu queria frequentar mesmo assim. Eu morava em Artur Alvim e o Adventure fica na Vila Matilde, quando eu passava de carro com a minha família, via aquelas rochas enormes e a cascata no meio da avenida. Achava um máximo. Aí eu lia “MOTEL Adventure”. MO-TEL. Eu já sabia da diferença do H para o M. Eu certamente não podia entrar lá, mas ficava com aquele nome na cabeça.
Eis que eu indiquei esse motel para o cliente e ele topou. Quando eu cheguei, ele já falou da minha altura, porque eu estava maior do que ele por usar salto. Ele perguntou se eu queria uma água e eu aceitei uma cerveja. Ficamos um bom tempo conversando sobre a minha vida, o que eu passei para chegar até aqui, e ele me contou também sobre as questões dele e o papo estava fluindo muito. Ficamos quase uma hora conversando até que ele me diz:
– Caramba, você é a pessoa mais inteligente com quem eu já conversei.
– Como assim? Sério?
– Sim, de verdade.
Não sei se alguém já me falou isso. Já me disseram muitas vezes que eu sou muito inteligente, que gostam de conversar comigo, que eu sou “diferente”, mas talvez nunca me disseram que eu sou a “pessoa mais inteligente” que já conheceram. Achei isso muito bonito e isso me pegou bastante no encontro, porque sei que minha profissão é ser uma profissional do sexo, mas quando um homem enxerga quem eu sou, a minha essência, o meu cérebro, tudo é mais gostoso. E eu fico mais animadinha para transar também rs gosto de ser vista por dentro. Então ficamos conversando, como se tivéssemos conversas acumuladas desde abril, como se já nos conhecêssemos de alguma forma, já que ele me acompanhava diariamente no Instagram.
Até que eu aviso para ele que falta pouco tempo para dar uma hora e pergunto se ele quer renovar. Ele responde “e tem como não?” haha no começo perguntei se ele queria ficar mais de uma hora e ele falou que ia decidir depois, mas comigo raramente os encontros se baseiam em uma hora só. Então renovamos para mais uma e fomos para o fight. Ele começou a me beijar, a chupar meus seios, até que chegou na minha vulva. Ele estava determinado a me dar prazer, queria muito me ver gozar. Enquanto ele me beijava, dizia “já te falei o quão você é bonita hoje?”, “o quão você é gostosa?”, “linda?”. Ah! Achei isso tão fofinho! E às vezes eu respondia que não e que sim hahaha quando ele foi para minha pepeca, estava disposto em ficar até gozar. Teve uma hora que ele disse “caraca! minha língua vai gangrenar desse jeito” porque ele chupava, chupava… mas eu não gozava. Não sei, mas o gozo não estava vindo nesse dia. Talvez eu estava preocupada aquele dia com alguma questão e nem percebi, ou só não estava conseguindo mesmo. Alguns dias são mais difíceis que outros. Vendo o esforço dele, falei “é, acho que não vou conseguir gozar” e ele parou. Ficou decepcionado, pois queria muito me fazer gozar. Falei para ele não pilhar com isso porque o sexo não se resume ao gozo e que tinha muita coisa para ser aproveitada. Agora era a minha vez de chupá-lo.
Eu chupei, e ele adorou. Chupei as suas bolas, a cabecinha, todo o pau… até que ele quis penetrar, pois já estava bem duro. Eu fui por cima dele. Quando enfiei seu pau na minha buceta e senti ele todinho foi muito bom. Nem sempre eu tenho prazer assim com penetração, mas com ele tive. Acho que a conversa ajudou a relaxar bastante essa parte. Quando eu sinto que posso confiar no cara, sinto mais prazer. Estava uma delícia até que ele pede para me comer de quatro, mas quando eu fico nessa posição, ele broxa. Tive que chupar de novo para o pau ficar firme e falei para ele continuar naquela posição, eu por cima, que estava dando certo. Continuamos e foi muito, muito bom! Estava uma delícia mesmo e ele fala “fazia tempo que eu não fazia um sexo tão gostoso assim”. Mas ele diz que vai ter que gozar na mão mesmo, pois é mais fácil. Eu paro de cavalgar e vou até o banheiro. Quando eu volto, ele está se masturbando e goza.
Ele me convida a comer alguma coisa fora dali, mas eu recuso porque não gosto de confundir as coisas. E também porque estava sem vontade nenhuma de comer. Nos despedimos. Foi muito bom poder encontrá-lo, estava com expectativa de conhecê-lo por já ter falado com ele meses atrás. Ele me dizia algumas vezes no encontro que eu era um perigo, pois podia fazê-lo se apaixonar haha e me enviou uma mensagem dizendo o quanto eu era perigosa. Durante as horas ali, a paixão está permitida, ok, meninos? Depois, eu proíbo rs.
P.S.: e o motel realmente é legal! Agora sempre irei indicar esse, tem rochas dentro do quarto e é bem temático, muito diferente dos motéis convencionais. Valeu meu sonho de infância.

