Me assumi e entrei para o TikTok

07 de julho de 2025

Chegou o famigerado dia em que eu decidi de uma vez por todas publicar no TikTok. Sem nem ainda saber o que eu ia publicar, apenas fiz a minha conta e comecei a postar. Senti que precisava desse empurrãozinho de mim mesma. Confesso que eu estava esperando o dia ideal, o momento em que eu, definitivamente, estaria pronta, com o conteúdo ideal, com uma linha editorial correta e sem medo algum do julgamento, sem medo algum dos meus vídeos invadirem a casa dos meus pais e minha família ficar sabendo que sou acompanhante. Eles não sabem e por muito tempo eu me preocupei com isso, mas trabalhei internamente toda a história de vida que tenho, tudo o que eu passei sozinha, sem eles, que tantas vezes eu precisei dessa compreensão deles e não tive.


Então eu taquei o foda-se. Literalmente assim, e u t a q u e i o f o d a - s e! Percebi que se eu não tacasse, viveria ainda no medo, no medo de desagradar, no medo de ser uma decepção, no medo de não ser compreendida, no medo de ser vista… ah, tantos medos, galera! Vocês não sabem como foi difícil fazer isso. Tive que me desprender de muitas coisas internas, principalmente dessa tão temida emoção, que é o medo. Essa emoção que nos paralisa, que é protetora e também que nos ajuda a não fazer um tantão de merda. Mas que, ao mesmo tempo, se tiver muito elevada para a nossa vida. Conheço muitas pessoas que estagnam suas vidas pelo medo. Eu nunca quis que isso acontecesse comigo. Aliás, eu sempre fui conhecida pela minha coragem. As pessoas sempre elogiaram a minha coragem e eu sempre fui uma pessoa destemida… até demais!


Já coloquei muitas vezes a minha vida em risco. Uma porque eu não tinha medo, duas porque eu gostava do perigo. E isso tudo ainda faz parte do meu presente, porque é isso que eu sou: eu não tenho medo e gosto do perigo. É por isso que me realizo tanto sendo garota de programa, porque sinto esse perigo diariamente na minha rotina. E eu adoro a adrenalina. Claro que tenho medos, mas não são medos comuns, talvez? Eu senti, sim, um medo que me paralisou de entrar para o TikTok. Senti medo de decepcionar as pessoas, principalmente. Lembro que eu sempre comentava com os meus clientes da minha vontade de me expor publicamente e eles me apoiavam, às vezes até sentiam esse medo comigo, entendiam o meu receio… percebi que esse dia que o medo iria embora não ia existir. E eu precisava fazer alguma coisa.


Nunca quis ser uma acompanhante comum. Sempre quis levar as pautas da minha profissão a frente, sempre quis estar no debate, sempre quis me comunicar com o público, seja pela minha fala ou pela minha escrita. E o melhor de tudo: conseguir clientes pelas redes sociais sem ficar pagando valores exorbitantes para me anunciar nos sites. Muitas vezes pensei: será que não é melhor eu me firmar na profissão, ficar um bom tempo nela, para depois me expor? Mas percebi que isso estava me deixando paralisada. Apesar de eu estar há pouco tempo, tenho vivido tudo com muita profundidade e com o desejo grande de continuar nesse caminho, um desejo que nunca senti com nenhum outro trabalho. Desde a primeira vez que atendi, entendi que era isso que eu queria fazer. Eu tinha uma certeza grande e essa certeza vem se confirmando cada vez mais. É muito louco que eu venho me libertando inteiramente nesse processo e postar no TikTok deu um salto nessa libertação.


Eu sentia medo, sim, mas assim que postei o primeiro vídeo, não sei que magia aconteceu, mas esse medo se dissipou. Eu não estou mais com medo. Na verdade, eu quero crescer cada vez mais, eu quero que me reconheçam. Eu não quero viver escondida e viver escondida não faz sentido para a pessoa corajosa que eu sempre fui. Eu não posso ter medo nem vergonha de ser quem eu sou. Nem medo nem vergonha das minhas escolhas, se elas estão me fazendo bem e são conscientes. E outra? Ninguém paga meus boletos, né? Ou seja, eu sou 100% independente e não devo satisfação para ninguém..


Um outro pensamento que me ajudou e me ajuda sempre quando me sinto paralisada é pensar que um dia vou morrer. Eu penso muito na minha morte porque já vi ela várias vezes na minha frente. Quase morri muitas vezes. Mas, não, eu estou aqui. Eu sobrevivi. Um dia eu vou morrer como todas as pessoas. Como eu quero viver essa vida? Eu penso isso todos os dias. Eu quero viver com intenção, com verdade, com presença. Qual é o legado que quero deixar no mundo? Como eu quero fazer dessa passagem a melhor possível? Porque a vida é uma passagem e é um sopro. Um sopro – e tudo isso acaba. Eu sou um sopro. Tudo isso me faz pensar que eu tenho que viver de acordo com os meus próprios valores. Eu vim para viver a minha vida, e por mais que ela seja dura e incompreensível para muitas pessoas, ela é minha. Essa vida é minha e eu não posso ter medo de vivê-la.


Meus familiares ainda não me falaram nada. Meu TikTok está em fase de crescimento e eu estou aprendendo na raça a ser marketeira haha mas tenho amado viver isso. Nunca pensei que ser garota de programa me levaria para as redes sociais. E eu sinto, do fundo do meu coração, que ser uma garota de programa vai me levar para lugares inimagináveis. Já tem acontecido.


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